Quem sou eu

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Educadora, professora e crítica literária graduada em Letras com habilitação em Língua francesa, Mestra em Teoria Literária e doutoranda em Teoria Literária pela Universidade Federal do Pará, atuando principalmente nos seguintes temas: Estudos literários, leitura, história, cultura e tradução intersemiótica. Integrante do grupo de pesquisa Transculturação e Tradução em Narrativas na América Latina, vinculado a Universidade Federal do Pará e ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq). Professora nos cursos de Letras, Direito e Ciências Biológicas na Universidade Federal do Amapá, e por fim, membro da Soka Gakkai Internacional (Sociedade para a criação de valores).

sexta-feira, 2 de março de 2012

Baixar Machado de Assis

Para a obra D. Paula:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do
Uma Senhora:
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1911

O capítulo dos Chapéus:




baixar Gonçalves Dias

Para UFPA: I JUCA PIRAMA
Para UEPA: tUDO QUE PUDEREM LER
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ResultadoPesquisaObraForm.do

Baixar os poemas de Castro Alves

Queridos
UFPA; O navio negreiro
UEPA: Tudo
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/ResultadoPesquisaObraForm.do?first=29&skip=50&ds_titulo=&co_autor=&no_autor=castro%20alves&co_categoria=2&pagina=2&select_action=Submit&co_midia=2&co_obra=&co_idioma=1&colunaOrdenar=null&ordem=null

Baixar os "Doze de Ingaterra canto VI estrofe de 39 a 69"

O texto está completo, ao baixar identifique o canto VI: UEPA 2013
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=43457

Baixar os textos de Bocage

Para baixar a obra completa de Bocage, basta clicar no link abaixo (UEPA/UFPA 2013)
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=43457

domingo, 24 de abril de 2011

Gregório


Caixa de texto: Literatura       Profª. Mariana Alves                     http://isabelle1404.blogspot.com/Leitura 03: Gregório de Matos (1636/1695): o autor barroco ficou conhecido como “Boca do inferno” por causa de suas sátiras e de sua poesia erótica. Para o vestibular deve-se observar a produção religiosa, amorosa e a sátira.

1.      Lírica amorosa
Texto 1
Ó tu meu amor fiel traslado
Mariposa entre as chamas consumida,
Pois se à força do ardor perdes a vida,
A violência do fogo me há prostado.

Tu de amante o teu fim hás encontrado,
Essa flama girando uma penha endurecida, no fogo, que exalou, morro abrasado.

Ambos de firmes anelando chamas,
tu a vida deixas, eu a morte imploro
nas constâncias iguais, iguais nas chamas.
Mas aí! Que a diferença entre nós choro,
Pois acabando tu ao fogo, que amas,
Eu morro, sem chegar à luz, que adoro.

Texto 2
Isto, que o amor se chama,
Este, que vidas enterra,
[...]
Este, que o ouro despreza,
Faz liberal o avarento, é assunto dos poetas:
[...]
Arre lá com tal amor!
 Isto é amor? É quimera,
Que faz de um homem prudente
Converter-se logo em besta.

2.      Lírica Religiosa
Texto 1
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
Da vossa piedade me despido,
Porque quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado.

Se basta a vos irar tanto um pecado,
A abrandar-vos sobeja um só gemido,
Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
Vos tem para perdão lisonjeado.

Se uma ovelha perdida, e já cobrada
 Glória tal, e prazer tão repentino
Vos deu, como afirmais na Sacra História:

Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada
Cobrai-a, e não queirais, Pastor divino,
 Perder na vossa ovelha a vossa glória.

3.      Poesia satírica
Texto 1
Nariz de embono
gregorio-de-matos.gif
 
com tal sacada,
que entra na escada
 duas horas primeiro
que seu dono

Texto 2
Senhora Dona Bahia,
Nobre e opulenta cidade,
Madrasta dos naturais,
E dos estrangeiros madre.

Questão 1: (UEPA-PA) Na obra de Gregório de Matos Guerra, a ansiedade e a aflição frente à passagem do tempo sempre levaram à idéia singular de aproveitar o presente. Em qual dos fragmentos abaixo fica evidente essa afirmação?
(A) A vós, Divinos olhos eclipsados
de tanto sangue e lágrimas cobertos;
pois para perdoar-me estais despertos
e por não condenar-me estais fechados…

(B) Senhora Beatriz, foi o demônio,
Este amor, esta raiva, esta porfia
Pois não canso de noite nem de dia
Em cuidar desse negro matrimônio.

(C) Hoje poderei
Convosco casar
E hoje consumar
Amanhã não sei
Porque perderei
a minha saúde
e em um ataúde
me podem levar
o corpo a enterrar,
porque vos enoje:
casemo-nos hoje,
que amanhã vem longe.

(D) Pequei senhor: mas não porque hei pecado,
Da vossa Alta Piedade me despido:
Antes, quanto mais tenho delinqüido,
Vos tenho a perdoar mais empenhado…


(E) Quem a pôs nesse socrócio?
Quem causa tal perdição?
E o maior desta loucura?
Notável desaventura
De um poço néscio e sandeu,
Que não sabe o que perdeu
Negócio, ambição, usura.

Questão 2: (FUVEST)

Uma só natureza nos foi dada;
Não criou Deus os naturais diversos;
Um só Adão criou, e esse de nada.


Todos somos ruins, todos perversos,
Só nos distingue o vício e a virtude
De que uns são comensais, outros adversos.
(Gregório de Matos)

A partir do texto pode-se concluir que:

(A) a opção entre o bem e o mal resulta do livre-arbítrio e não da Providência divina.
(B) por obra divina, os homens são substancialmente diversos e por isso seguem caminhos distintos.
(C) os elementos negativos do homem advêm de sua origem: o nada.
(D) Deus fez os homens dotados de consciência para que pudessem distinguir o vício da virtude.
(E) somente a virtude pode eliminar a perversidade que caracteriza a natureza humana.

Questão 3 (UEPA/ 2010): Como poeta satírico, Gregório de Matos Guerra denunciou a ação da metrópole que, atuando sobre os recursos naturais da colônia, a impedia de usufruir livremente de suas próprias riquezas. Tal política muitas vezes acarretou conseqüências adversas à vida socioeconômica colonial. Marque a alternativa em que os versos confirmam essa afirmação.
(A) Perca quanto ganhar nas mercancias; e em que perca o alheio, esteja mudo.
(B) Ande sempre na caça e montaria:
Dê nova locução, novo epíteto; E diga-o sem propósito à porfia

(C) Atrás um negro, um cego, um mameluco,
Três lotes de rapazes gritadores:
É a procissão de cinza em Pernambuco.

(D) Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote.

(E) Só sei que deste Adão de Massapé,
Procedem os fidalgos desta terra.
OBS:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Tira o pé do ensino médio!

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Sobre os poemas de Diego Nobre

 
A poesia de Diego Nobre não é desconcertante, mas fluida. Nos poemas apresentados em seu blog , pode-se verificar caracteres importantes relacionados a identidade fecunda que está tão presente naquilo que alguns autores chamam de pós-modernismo. Cada vez mais, os autores recentes mesclam informações que estão no limiar do sentido de todas as esferas que compõem a vida cotidiana e caótica dos que tiveram que se render ao capitalismo, que em minha opinião, nada tem de selvagem. Portanto, há de se pensar, aqueles que inocentemente crêem na subtração dos livros e, pior, no desaparecimento da literatura, que este tipo de tessitura elevado por Nobre tem valor simbólico e singular. A verdade bem distinta é que Diego está no lugar daqueles que se dedicam não a ver, mas sim, enxergar o que está por trás de todo o desenvolvimento humano social. É um observador de espaço e vidas, e essa característica bem se volta ao sujeito quando em sua obra esta volta o olhar de “outro”  para si mesmo.  Conforme os indicativos dados por Homi  Bhabha (1998), em leitura sobre o “O local da cultura”, a existência humana atual está intimamente ligada a uma sensação de sobrevivência, de se viver nas fronteiras entre o presente e o passado. Logo é de bom grado verificar nos poemas a sensação da ausência (ver “Só” e “Teu vazio”) ampliada ao espaço do corpo d texto. Não há somente a ausência, mas também a proliferação das relações individualistas, a busca pelo outro que não é o da ciência, do desconhecido, da escuta. Nos autores contemporâneos, o trânsito de elementos reais e ficcionais ocorre na poesia não apenas pelo que está simplesmente posto, mas também pela ausência do óbvio massificado.  Que venham buscas de Nobre.


 Para ler os poemas:
http://diego-nobre.blogspot.com/2010_12_01_archive.html